Ainda dói

Chegar e não ter você pra pegar e beijar a barriga, dói. Não ter você para brincar com uma pena perdida ou pra contar como foi o meu dia. Sim, dói. É impossível medir o quanto ainda dói. O quanto eu ainda não consigo ver todas as fotos do meu celular ou ver tudo que eu já postei nesse facebook, porque.. Dói. Só eu sei o quanto me machuca chegar e não ter você aqui. Eu sentia que você precisava de mim e gostava de mim. Que eu era o seu mundo, assim como você era um pedaço do meu. Dói, minha Pequena, dói demais. É o terceiro texto que eu escrevo desde que você não está mais aqui, porque tudo me lembra você.

Eu já tirei o calendário que você pegava, eu tentei esconder todas as fotos que eu tirei de você, tento não ver tudo que eu tenho gravado mas.. Não dá. Você está dentro de mim. E é impossível tirar você de dentro de mim. Por mais que eu tente, e eu juro que eu tento, não dá. Meu peito dói e eu ainda ando olhando pra cima pra tentar achar você, mesmo sabendo que eu nunca mais vou te ver. Mesmo sabendo que não é você que faz aquele barulho ou que aquele assovio não é seu. Eu sinto muito a sua falta, Pequena... Muito.

Nesses dias que você se perdeu por aí, eu tenho ajudado o bom velhinho. E lembra daquele concurso de contos que eu participei? Que eu escrevi com você no meu ombro? Então. Eu consegui. Ele vai ser publicado em um livro e eu sinto que você merecia um abraço, um amasso, um beijo. Porque você estava ali comigo. Pegando meu brinco, meu colar, meu piercing, andando no meu braço, mas você estava ali. Comigo. Obrigada por estar ali comigo.

Eu queria não escrever pra você, mas é como se eu tivesse muito o que chorar ainda. Eu sei que não faz sentido mas, eu ainda tenho muito o que chorar. Eu rezo, todos os dias, para que você esteja bem, com alguém que ame você e cuide de você. Eu sei que ninguém vai amar você do jeito que eu te amo, mas que essa pessoa possa fazer o melhor para te fazer feliz.

A Rê te ama, minha Pequena....



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