Hey, doce menino com pele de homem
Cheiro de vinho, vergonha que some
Se quiser me transforme no seu objeto
Cale as paredes, o chão e o teto
Se despeça por completo da minha inocência
Desvie a atenção da minha carência
Faça do meu corpo a extensão do seu
Despida seu corpo através do meu
Seremos então um corpo maior
Pernas, braços, troncos e só
Sentindo aqui dentro de mim arrepio
No sol, na chuva ou nas noites de frio
Unha nas costas, língua e segredos
Hey, doce menino, não tenhas medo
Se a vida, então, não lhe deu valor
Te mostro da vida o outro sabor
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