sexta-feira, 20 de março de 2015

Talvez tudo seja questão de escolha

O que você quer para hoje, para amanhã, para ontem? Prioridades, vontades, foco? Qual resultado você busca primeiro? Tudo de dá opção? "Quero/Não quero"? "Posso/Não posso"?

Sempre fui a favor, e sempre fiz questão, de manter minhas opções em aberto. Não sou, e ninguém é, obrigada a fazer nada que não queira, pois você sempre tem, ao menos, duas opções. A teoria me parece linda e faz eu me sentir alguém "cheia" de escolhas e com os pés no chão. "Se isso não der certo, eu tento outra coisa."

Mas... Não é bem assim.

Talvez eu tenha escolhas mas não queira ver que as coisas não estão como eu queria. Meio que dói você tentar algo e não se encaixar da forma que deveria, sabe. Da forma que seria mais fácil. Aí da vontade de correr uns três kilos e perder uns cinco anos. Ou ao contrário. Não faz muita diferença, no final das contas.

Talvez eu só tenha uma fé fina e vaga de que as coisas vão melhorar. Talvez elas melhorem mesmo, talvez não. Talvez elas simplesmente se encaixem, talvez eu tenha que lixar algumas peças, incluindo as minhas, para colaborar. Ou talvez eu não queira nada disso. Talvez o tempo tenha passado já e fim, sabe. A vida segue, a Terra gira e acabou. Ou talvez eu não saiba o que fazer.

Eu nunca sei o que fazer, honestamente falando.

Se eu corresse três kilos e perdesse cinco anos eu veria que isso é só mais uma questão de escolha. Que eu sei o que eu quero e o que eu deveria fazer. Que é simples. Direto e reto. "Quero/Não quero". "Posso/Não posso." Mas eu não sou a pessoa com menos três kilos e mais cinco anos. Sou só alguém que transformou duas escolhas em 30. E "Posso/Não posso/Quero/Não quero" em "Não sei/Acho que sim/Talvez/Vai que rola né/Melhor eu correr/Quero chocolate".

Mas, no fim das contas, é só questão de escolhas.
Eu acho.

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