E a loucura faz parte de toda essa encenação
Sem portas, sem janelas, sem noção
Somos nós, perdidos, novamente, então
Voltando as origens, sem perdão
Arrependimento, fuja, por favor
Já se foi a era do rancor
Do coração apertado por medo do amor
Onde quem falava alto era o pudor
Poderemos aqui ficar
Jogando fora nosso medo de errar
Sentindo, na minha boca, sua falta de ar
Com a minha ofegância, o tempo todo, a soar.
Com as roupas espalhadas na sala
Com sua paixão soando molhada
Com o sorriso, vindo do nada
Apenas nós, sem vergonha na cara
E que seja, essa afinidade, assim
Com desejos espalhados sem fim
Que sua alma possa sempre
Sorrir para mim
*
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