segunda-feira, 17 de outubro de 2016

É você

Não segure a minha mão mas não me deixe ir
Eu sempre andei sozinha, em sombras ou em luz
Não precisa saber lidar, pois eu ainda estou aprendendo
Minhas mãos trêmulas são apenas bonecos que enfeitam
Um desespero incontável, incontrolável
De uma situação normal

Não vá tão longe pois no sofá cabe nós dois
Me conte seus planos de hoje, de amanhã, de vida
Me distraia dessa sensação de morte eminente 
Me mostre a luz no fim do túnel
Seja o meu chão, minha paz
Meu ponto de equilíbrio 

Se assuste pelos números mas, por favor, não fuja
Na minha cama cabe muito bem você e eu
Se eu chorar, não corra, só fique aqui
Me mostre que o tempo passa
Que o coração desacelera 
E que o amanhã sempre vem.


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