sábado, 8 de março de 2014

Acabou

Sex and the city.Acabou. E estou naquela "o que eu vou fazer da minha vida?". Eu tinha sentido isso com livros mas essa é a primeira vez que vejo uma série do começo ao fim.

Um trecho que me chamou muita atenção, dentre milhares, foi esse: "Bem...talvez seja hora de dizer quem eu sou. Sou alguém à procura do amor. Amor de verdade, ridículo, inconveniente, que consome... amor do tipo 'não posso viver sem você'.. e eu não acho que esse amor esteja aqui e... neste quarto caro, neste lindo hotel em Paris. Não é culpa sua. É minha culpa. Eu nunca deveria ter vindo."
Spoiler a parte, o trecho é foda.

E eu fiquei pensando... Eu me faço de difícil sobre isso. É difícil admitir que eu tenho isso, de fato. Esse amor de verdade, ridículo, inconveniente, que me consome. É muito mais fácil arrumar desculpas do que admitir que esse amor me consome.

Acho que é porque eu nunca sonhei com isso tudo. Acho que toda criança já gostou de um fulaninho e já quis e esperou trocentas coisas desse fulaninho. Eu, pelo menos, achava que eu ia gostar de um fulaninho a vida inteira. Claro que eu tinha 7 anos quando acreditava que eu ia amar um fulaninho a vida toda. Aliás, não, eu não amava o fulaninho.

Hoje é diferente. E de uns anos pra cá, eu sempre quis tudo de outras formas. Madrugada a parte, eu queria um homem, não um namorado. Um cara, não um relacionamento. Uma piada, não um poema. Beijos, não abraços. Sem dúvidas eu me despus a não acreditar mais em relacionamentos, principalmente os eternos. Aqueles que o cara, com fios de cabelo branco, da o seu casaco pra garota, que já não é tão nova assim.

Em livros, isso é tudo muito lindo. Ele, perfeito, apaixonado e o escambal. E ela, linda, com vestido. Claro, protagonista nunca usa jeans. E toda essa bullshit que a disney nos faz acreditar. E eu, depois dos 12, não acreditava mais. Hoje, 10 anos depois, me vejo encurralada. Obrigada a acreditar em tudo que eu sempre desacreditei. Admitir aquilo que eu sempre achei que nunca aconteceria.

É hora de admitir ridiculamente, inconvenientemente e verdadeiramente esse amor nada padrão que nos consome.




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3 comentários:

  1. Ouvimos muito sobre amor antes de saber o que é amar.
    GK

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  2. O amor é um mal necessario que faz a gente crescer pra melhor .... ainda bem né? Adorei seu ponto de vista.
    Keep writing.

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