segunda-feira, 6 de outubro de 2014

"Quem é você?!"

Relaxa, gatinho. Também não me reconheci.

Dentre todas as coisas que eu sempre quis ouvir, essa nunca esteve na lista. Mas deveria. E deveria ter entrado nela antes se eu soubesse o que cerca essa pergunta e todo o histórico da pré-informação. Claro que eu, na minha mais humilde e falsa inocência, nunca pensei nessa interrogação nesse sentido. Mas ela ficou linda saindo da sua boca.

Cada vez eu me importo menos com marcas e mais por não ter marcas. Não sei dizer em qual lado ficar pois ambos tem sua parte ruim, mas acho que algumas coisas valem. Sejam marcas, histórias, lembranças. A questão é ter. Ter marcas, ter história, ter lembranças. Ter você. Acho que vale. Mentira, eu sei que vale.

Onde fomos mais em todos os sentidos e nós mesmo em todos os sentidos, eu não tenho lembrança de praticamente nada. Podemos medir por isso, então. Não nos reconhecemos. Eu fiz a mesma pergunta para você e adorei o fato de você não me responder também. 

Diante de tanta intensidade irreconhecível, me apaixonei novamente. Como todos os dias. Cada dia de uma forma diferente e dessa vez foi dessa forma. Já foi dessa forma antes e será dessa forma novamente, eu sei disso, mas eu não me importo pelas marcas. Elas fazem um me sentir viva, em movimento, em crescimento e, querendo ou não, mais mulher.

Então eu te pergunto, novamente, quem é você?!



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