quarta-feira, 27 de maio de 2015

"E depois do rancor, respirar..."

"Cão que já nem ladra mais, só morde.."

Quais batalhas valem a pena? Vale entrar em todas? Convém? Acho que não.

Me vejo com outras bases. Não todas, mas algumas trocadas. Algumas mostrando pra mim que eu sou um ser humano adaptável. Que eu aprendi a nadar sem boia mesmo, porque era o que tinha. Ou eu nadava ou eu me afogava. Então eu nadei até achar uma praia que eu pudesse respirar. E achei outra base.

O que eu mais odeio é achar bases assim. Achar ilhas assim. É coisa que a gente nem imagina, ou mal imagina, e acontece. Acontece porque tem que acontecer e porque você colaborou para que acontecesse. Talvez eu precisasse mesmo de ajuda e ela veio na hora certa. Na hora que eu nem dormia mais, que eu nem comia mais, que eu nem vivia mais.

Sinto, nesse momento, uma mão na minha. Como se eu tivesse mesmo me segurando, sabe. Como se a mão significasse uma calma que eu não tenho, mas que eu preciso ter. Que eu deveria ter. Depois de 2 meses muito turbulentos, cheios de pavores e pânicos jogados na cara, eu deveria aprender a ter calma. Mas não aprendi.

É hora de ter calma. De respirar. Colocar os pontos nos is. 2 meses já passaram, e eu sobrevivi. Meio arrastando, meio caindo, meio no chão mas sobrevivi. Mandei as agulhas pro peito, prendi o cabelo e, bem aos trancos e barrancos, mandei vir! E não posso parar, porque ainda não acabou. Está melhor, claro, mas não acabou.

Então que venha. Eu sou forte, sabe. Eu tenho uma mão comigo que está me dando forças. Eu tenho onde segurar dessa vez.

 Mas, se vier sem agulhas, eu agradeço.

*

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