domingo, 3 de maio de 2015

"Eu não resisto a você..."

Assim. Na lata. E minha cara foi no chão. Ou no peito dele. Sorrindo, sem graça, claro, mas feliz. Pela situação, pelas palavras, pela falta de luz, pela falta de roupa. Feliz. Com a situação, com você, comigo, conosco, com tudo. Feliz.

Eu me senti não acostumada a ter aquilo tudo, como se tudo fosse começo de novo, sabe. Como se a novidade me fizesse ser outra pessoa que eu não conhecesse, apesar de conhecer muito bem. Eu só não me lembrava das caras e respirações pela qual já passamos tantas vezes. 

E ficamos ali. Eu, sem graça com o comentário que mexe com meu ego; e ele. Eu via e ouvia ele sorrindo no escuro. Juro! Eu conheço aqueles sons tão bem e de uma forma tão complexa que eu sabia que ele sorria. Seu peito, seu braço, sua mão nas minhas costas e seu rosto no meu me faziam ver o seu sorriso no meio de uma falta de vergonha imensa que rondava nossas expressões.

Depois de um tempo incontável escondidos em algum lugar, voltamos a nós. Com sorriso, com ego, com palavras, com roupas. E eu, feliz. Com um cara que me faz feliz. Que faz eu me sentir eu mesma, apesar de tanta coisa ter acontecido e eu ter me perdido dentro de mim. Eu era eu de novo, e como eu adorei ser eu de novo. Sinto como se você me devolvesse algo que fizesse parte de mim.

Seja o que for, me devolva sempre.

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