terça-feira, 4 de agosto de 2015

Ok, eu admito

Meus problemas, meus rótulos, meus medos. E agora? Até onde é apenas um vício e até onde é consequência do problema? Sim, ele existe. Minha ausência de unhas não me deixa mentir. Assim como meu excesso de pensamentos, de palavras, de ideias, de perguntas.

Me vejo afogada em situações que eu criei, que nem sequer existem. Tem nomes, momentos, pessoas, cores, cheiros. Mas não são reais. No meu universo onde minha ansiedade é de mentira, tudo é de mentira, menos minha ansiedade.

Listei meus pensamentos esses dias e não acreditei na fusão de coisas e de histórias que eu vivia. Afazeres, gostos, vontades, cores e sons. Um atropelando o outro. Mesmo com alguém falando "calma, dá pra fazer tudo", eu sentia que dentro da minha cabeça tinha um aquário de tubarões, um querendo matar o outro.

Eu sei, não precisava.

Já ouvi e li em vários lugares que admitir o problema é o primeiro passo para querer resolvê-lo. Mas para onde correr? Tomei o rótulo para mim. Colei na testa, peguei um casaco, uma palheta, um tênis e fui pra guerra. Que vai ser longa. Mas fugir de novo? Não dá mais.

Não dessa vez.




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