domingo, 2 de dezembro de 2018

A real é que a gente nunca sabe

Minha cabeça martela enquanto o chá esfria. O chá da hora de dormir, do pós melatonina, do mantra. O chá que acalma e que diz que, em forma de hortelã, que vai ficar tudo bem. Porém, né, é aquela coisa: a gente nunca sabe.

Tá todo mundo sempre torcendo, sempre querendo, sempre rezando. Pedindo para o cara lá de cima motivos para sermos gratos enquanto a nossa funcionalidade sempre lembra que já deveríamos ser, já que parece ser bem legal você sentir vida através dos sentidos. Realmente parece.

O ano está cada vez mais infernal. Essa chave que me desequilibra fica esfregando na minha cara que eu só sei viver em dois modos: obcecada ou totalmente desinteressada. Para o me desespero, isso envolve tudo.

Ideias boas são realmente boas por três dias, talvez quatro, enquanto ter compaixão e respeito por mim mesma não dura mais que 20 minutos. Eu sei que nem todos os dias são bons, mas ninguém me ensinou a lidar, e a sobreviver, a tantos ruins.

Para agora, nada tira da minha cabeça que eu estou completamente sozinha nesse mar de aracnídeos, mesmo quando meu celular vibra com notificações em sábados chuvosos. Para agora, esse mantra é só uma junção de sílabas enquanto eu tomo o último gole de chá. Para agora, eu não sei.

Só que não dá para negar que a real é que a gente nunca sabe.

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