sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Sobre luz, vida e minha Spellman preferida

Eu, totalmente apaixonada, me sentindo viva. Talvez eu não saiba manter assuntos superficiais por achar morno e sem sentido. Talvez meu lado pseudo artista goste de se sentir inspirado. Ou meu lado partido por uma história de vida que eu mau escolhi se sinta menos sozinho. Pelo que parece, o foco é se sentir cada vez menos sozinho.

Essa coisa que rola aqui fica me lembrando dessa carência lixo que eu não sei esconder. É aquele impasse, sabe. Eu quero ficar te lembrando do quão incrível você é mas sem deixar claro minha carência e minha vontade de conversar com você todos os dias. Acho que isso não existe, já que alguma coisa vai precisar ser ignorada. 

Talvez meu ego. 

Por mais que pareça funcionar todos os dias, não funciona, sabe. Por mais que o tempo passe e você talvez sinta a sensação de que eu me sinto segura sobre isso, eu não me sinto. Não existe segurança e eu estou ciente, porém leveza é fundamental nesses casos. Leveza essa que eu enchi com sacos de areia e me obrigo a arrastar por aí. Esse pode até ser um resumo dos meus últimos anos, na verdade. Só não conta para ninguém.

Até que eu me pego escrevendo para alguém de novo. A vida é tão maluca que a gente se permite sem querer. Um dia eu estava focada em não morrer e no outro eu estava segurando uma caneta enquanto buscava palavras que tentassem explicar essa luz que alguém acendeu dentro de mim. Não buscava mais sentido, buscava apenas manter por perto aquilo que me fazia querer manter a luz acessa.

O foco não era mais não deixar. O foco era tentar manter. E estamos mantendo.

Perceber que a vida é mais do que esse monte de erros acumulados é tão foda quanto perceber que as coisas ruins podem realmente passar. Ou talvez eu tenha crescido. 

Que eu acenda sua luz da mesma forma que você acende a minha sem saber.


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