domingo, 11 de agosto de 2019

Por que a gente se machuca tanto?

No meio de um tempo não exatamente ocioso, ao abrir minha ferramenta de busca, seu nome é o primeiro que aparece ali. O auge da saúde mental seria ignorar e buscar o que eu realmente ia buscar, só que é aquela coisa, né. Eu não sei o que é estar no auge da saúde mental já têm uns anos, então o que é um balde na cara para quem já tomou chuva?

Ontem, a cereja do bolo.

Ontem, mal estar, dores de cabeça, ânsia, tremedeira, febre. Um cheiro que não é meu surge na minha cara, uma voz que não é minha me abraça emocionalmente, um falsa sensação de segurança entra pelos meus olhos enquanto eu continuo me enganando. Parei de me perguntar o que aconteceu porque, no fim das contas, não faz diferença. A pergunta agora é: por que eu me odeio tanto a ponto de continuar me martirizando por uma escolha que não foi minha?

Eu estou sempre lembrando as pessoas do quanto elas precisam se colocar em primeiro lugar, do quanto elas precisam cuidar desse corpo e dessa mente, do quanto elas são importantes, tanto para mim quanto para o mundo. Então, o que eu estou fazendo comigo? Que tipo de importância que eu dei para a opinião de alguém sobre mim influenciar a minha forma de me ver na frente do espelho?

Não sinto que eu permitia, não sinto que eu me colocava em segundo lugar, não achei que fosse pesar tanto. Talvez por não ter achado que as coisas chegariam nesse ponto.

Todo mundo erra, mas eu não. Eu nunca fui todo mundo. Eu nunca segui uma linha, eu nunca quis ser alguém comparável ou alguém que pudesse se transformar em um exemplo. Uma parte minha sente que precisa entregar as rédeas, já que não tem como controlar o mundo todo, mas existe uma pedra na minha garganta que não entende, ou preferiu não ver, o que deu errado.

Queria terminar o texto dizendo que hoje eu escolho não me machucar tanto, mas é mentira. Então vou abraçar meu lado carente e tóxico e assumir as coisas. 

Assistir "Comer, Rezar, Amar" de novo também é uma opção.


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